Megan disparou em direção às escadas, o coração socando o peito. Precisava voltar ao quarto antes que Benjamin a flagrasse, antes que ele percebesse que ela o espionou. A imagem dele, mãos sujas de sangue, camisa manchada, queimava em sua mente. Ele não parecia alguém com humor para brincadeiras; não depois de agir tão estranho com ela e de despedaçar os homens que a atacaram. Aquela violência crua a deixou trêmula, dividida entre medo e uma inquietação que não sabia nomear.
Do outro lado, Benjamin lançou um olhar afiado para a porta entreaberta, os olhos estreitados em suspeita. Terminou de dar ordens a Marcos e Caio, a voz cortante, e avançou para dentro da casa. Subiu as escadas com passos firmes, o sangue em suas roupas pesando como uma segunda pele.
Não podia aparecer diante dela daquele jeito; imundo, marcado pela brutalidade. Parou diante do próprio quarto, mas seus olhos se fixaram na porta de Megan, um instante de hesitação atravessando-o como uma sombra. Soltou um suspiro pe