Ana recuou um passo silenciosamente, seu olhar era indiferente.
- Não precisa, não quero te incomodar.
Sua voz era tão suave que era difícil perceber qualquer emoção, o que só aumentava o desconforto de Leo.
Nesse momento, ele quase desejou que Ana perdesse a paciência, o repreendesse ou até mesmo o esbofeteasse; pelo menos assim, ela ainda teria alguma emoção em relação a ele.
Mas essa reação apática parecia indicar que Ana não tinha mais expectativas em relação a ele.
Sem esperança, também não havia desilusão. O mais temível em um relacionamento não eram as disputas e brigas, mas essa apatia e silêncio mútuo.
Como eles chegaram a este ponto?
Leo percebeu que algo precisava mudar.
Por isso, não deu a Ana outra oportunidade de recusar, a pegou nos braços e caminhou rapidamente em direção ao seu carro estacionado nas proximidades.
Ana lutou brevemente, mas percebendo a futilidade de seus esforços, simplesmente desistiu.
Ela permitiu que Leo a colocasse no assento do passageiro. Virando