Ana sentiu uma onda de pânico, cobrindo a boca para abafar qualquer som.
Ela pensou que Leo havia machucado apenas o ombro, mas, na verdade, ele também estava ferido nas costas. Este homem, contudo, não soltou um único gemido de dor, suportando todo o sofrimento silenciosamente.
Por que?...
Será que era apenas para que ela não se preocupasse?
Os pensamentos de Ana estavam confusos. Ela observou os paramédicos levando Leo para a ambulância com cautela e só então, como que despertando de um sonho, correu atrás.
- Eu também quero ir.
Os paramédicos lançaram um olhar para João, que concordou com um aceno de cabeça. Somente então, eles permitiram que Ana também entrasse na ambulância.
Com o fechamento das portas do veículo, o som estridente da buzina soou. Ana sentou-se ao lado, observando o médico colocar uma máscara de oxigênio em Leo com habilidade e preparar uma bolsa de sangue para transfusão.
- Doutor, ele ficará bem, não é?
A voz de Ana tremia, precisando desesperadamente de uma resp