Leo estava sentado à porta da sala de cirurgia. Ouvindo os gritos ásperos de Ana do lado de dentro, o homem cerrou o punho com força.
A ferida, que acabara de ser enfaixada, estava novamente escorrendo sangue, mas Leo parecia não sentir nada, seus olhos escuros apenas olhavam para a porta fechada.
O tempo passou e Leo sentiu que sua paciência estava sendo consumida lentamente.
Essa cirurgia era tão complicada a ponto de demorar tanto?
Leo se levantou e foi até a porta da sala de cirurgia, quando a voz difícil do médico se fez ouvir:
- Na condição da paciente, se forçarmos a cirurgia, ela pode sangrar muito... Acho que não podemos.
Embora tivesse medo do poder de Leo, ele era um médico, e médicos deviam salvar vidas. Ele tinha um grande fardo psicológico diante da ideia de forçar uma mulher a abortar e possivelmente matar duas vidas.
-Mas... O Sr. Leo deu uma ordem mortal, temos alguma outra opção? Mesmo que não façamos isso, haverá outros que farão. Se ela morrer, é o destino dela, ent