Passados cerca de quinze minutos, o carro parou. Juliana seguiu João até encontrarem o camarote onde Leo estava. Assim que entraram, viram Ana sentada ao lado de Leo, com uma expressão indecifrável. Juliana sentiu um aperto no coração.
- Ana...
Chamando o nome de Ana e segurando sua mão, Juliana tentou explicar algo, mas as palavras não saíram. Ana entendeu o que ela queria dizer e olhou para Leo.
- Podemos ficar a sós por um momento, eu e a Juliana?
Leo hesitou, mas acabou concordando e se afastou com João. Só então Ana pegou um lenço de papel para enxugar as lágrimas de Juliana.
- Juliana, eu sei o que você quer dizer, mas não se culpe, isso não foi sua culpa.
- Ana, mas eu...
Juliana viu que, mesmo sendo Ana quem estava sofrendo mais, ela ainda estava tentando confortá-la, o que fez Juliana se sentir ainda pior. Ela se sentia inútil, incapaz de ajudar Ana e ainda precisando que Ana estabilizasse seu estado emocional.
- Eu sei o que você está pensando, mas, quando Leo intervém, ningu