Narrado por Caveira
Recebi um toque do JP, avisando que a Bruna e a Maitê queriam falar comigo sobre o lorde. Aquele toque não era comum. Sabia que algo estava prestes a acontecer.
Quando entrei na sala, vi as duas conversando e percebi a tensão no ar. Bruna estava falando, mas foi a Maitê que me fez parar. Ela estava encolhida no sofá, com aquele olhar perdido, como se estivesse tentando se proteger de algo invisível. Ver ela assim me tocou profundamente. Aquela expressão de medo nos olhos me atravessou, e eu soube exatamente o que aquilo significava. Conheço bem esse sentimento. Já passei por isso com a minha filha. Naquele momento, senti que estava vendo o mesmo medo de Sofia nos olhos de Maitê. Uma dor antiga, uma dor que ainda me atormenta, o arrependimento de não ter feito mais para protegê-la quando ela mais precisou de mim.
Mas agora, eu não iria deixar ninguém mais mexer com minha família. Não dessa forma. Não de novo.
O plano estava traçado. A Bruna ficaria no meu territóri