Narrado por Bruna
Depois que a Maitê foi embora, uma sensação estranha tomou conta de mim. Era uma mistura de desconforto e uma inquietude difícil de explicar. O baile havia terminado, mas eu ainda estava imersa na confusão das emoções que estavam a mil dentro de mim. Olhei para o relógio: 3:30 da manhã. Era tarde demais para estar sozinha, e a decisão foi imediata. Pedi para o JP me levar para casa. Ele aceitou sem hesitar, e saímos.
Quando estávamos perto de uma quadra antes de chegarmos ao morro, ele parou o carro, me deu um beijo e me deixou na rua. Ao me despedir dele, um vazio invadiu meu peito. Fui andando pela rua deserta, sentindo o olhar dos vapores que estavam por ali. Me encaravam com desconfiança, mas eu já estava acostumada com isso. Pedir carona foi uma solução rápida, e logo estava dentro do carro de um vapor, que me levou até em casa.
Chegando, a casa estava estranhamente silenciosa. As luzes apagadas davam a impressão de que ninguém estava ali. Mas, ao abrir a porta