CAPÍTULO IX

Ao acordar, Beatrice ficou paralisada na cama. Não era verdade – pensou – não podia ser verdade! Aquilo era um pesadelo! Como ela pudera se submeter àquele homem? Um reles ladrão de estradas, um homem sem eira nem beira, um ser desclassificado, vil!

Coberta de vergonha e cheia de indignação, sentou-se na cama. Estava indignada consigo mesma e envergonhada por ter correspondido daquela forma. Agira como um ser faminto diante de um banquete.

Inadmissível! Suas ações haviam sido inaceitáveis. Como que ela, uma mulher que aprendera a controlar  suas emoções e a duras penas se tornara discreta e ajuizada, podia ter agido como uma vagabunda qualquer, se entregando a um homem que mal conhecia? Um homem totalmente inadequado, para dizer pouco!

Quando recordava os momentos passados com ele, não podia se reconhecer. Aquela mulher alucinada de paixão, não era ela. Seu ex-marido sempre dissera que  era frígida, incapaz de sentir prazer algum com um homem.

E no entanto, “aq
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