Depois de um longo dia, já me encontrava na cama, os lençóis gelados em volta do meu corpo, tentando forçar meu cérebro a desligar. O banho quente havia feito maravilhas para a minha mente, embora a dor do luto e o peso da situação ainda me assombrassem. Fechei os olhos e tentei deixar os pensamentos se esvaírem, mas um barulho suave de batidas interrompeu meu breve momento de paz.
— Entre — murmurei, minha voz carregada de cansaço.
A porta se abriu devagar, e a figura esguia de Gwen apareceu na entrada. Ela parecia imperturbável, como sempre, mas havia algo diferente no seu olhar, como se estivesse prestes a me entregar algo que não gostaria de receber.
— O Rei deseja vê-la nos aposentos dele — disse ela com uma suavidade que soava quase impessoal.
Franzi a testa. Horas atrás, eu estava no salão com Klaus, conversando sobre arquitetura enquanto ele bebia, uma conversa que mais parecia um jogo de poder disfarçado de cordialidade. Agora, ele me chamava, e algo em mim se apertou.
— Mas.