O vento frio da manhã sussurrava por entre as árvores que cercavam a nossa vila, e o som suave da natureza parecia ter se tornado uma melodia constante nos últimos anos. Eu estava deitada na cama, os dedos acariciando a barriga grande e arredondada de oito meses. A vida aqui era diferente agora—mais tranquila, mais cheia de propósito. A alcatéia prosperava, como Dylan sempre imaginou, mas havia algo mais que me ocupava. Algo que crescia dentro de mim, todos os dias, mais forte, mais presente.
Dylan, sentado à beira da cama, olhava para mim com aquele olhar de sempre. Era um olhar que misturava possessividade com uma ternura que ele nunca imaginaria sentir até nos conhecermos. Ele passava a mão pelo meu cabelo com um toque suave, mas seus olhos estavam cheios de uma intensidade inquietante. Ele estava nervoso, eu sabia.
– Você está bem? – Ele perguntou, e sua voz, grave e rouca, estava cheia de preocupação. Era uma preocupação constante desde que soubemos da gravidez. Ele sempre temia