ETHAN…
O hospital parecia pequeno demais para conter tudo o que eu sentia.
Ella havia recebido alta naquele fim de tarde; pálida, mas com os olhos firmes, mesmo que escondessem o cansaço e a dor.
Eu insisti para que fôssemos direto para a mansão, e pedi que meus pais fossem juntos. Não queria ninguém longe demais, não depois do que aconteceu.
A viagem até Palermo foi silenciosa. O sol se punha atrás das colinas, tingindo o céu com tons de cobre e vinho. Ella dormia encostada no meu ombro, e por mais que eu quisesse deixá-la descansar, minha mente não parava.
O rosto de Sayron me perseguia. O riso dele, o olhar frio, o sangue que se espalhou no tribunal.
Eu só pensava em uma coisa: acabar com aquilo de vez.
Quando chegamos à mansão, Giulietta ajudou Ella a subir as escadas. Ela insistia que a nora descansasse, e por um momento foi bom ver as duas juntas, em paz.
Eu fiquei observando de baixo, parado no hall, com a sensação de que estava prestes a atravessar um limite do