Meu coração já sabe a resposta.
A respiração de Dante ainda está descompassada quando nos afastamos, a água salgada escorrendo por nossos corpos quentes. Ele desliza os dedos pelo meu rosto, afastando fios molhados de cabelo da minha pele, e seus olhos verdes brilham com algo que eu não sei nomear.
— Vamos sair? O sol está forte e vamos nos queimar.
Concordo com um aceno, e caminhamos juntos até a areia. Sinto o vento frio bater contra minha pele quente e me arrepio. Antes que eu possa reagir, Dante pega a camiseta e a veste sobre mim. O tecido largo cobre meu corpo, cheirando a ele, e a sensação me traz um estranho conforto.
Ele me observa por um instante, como se estivesse guardando aquela imagem para sempre, e então entrelaça nossos dedos sem dizer nada. Caminhamos de volta ao chalé em silêncio, sentindo a presença um do outro como algo palpável, algo real.
Quando entramos, Dante fecha a porta atrás de si e se vira para mim.
— Acho que precisamos de um banho. — Ele diz com um sorriso malicioso.
Meu coração trop