Quando seus olhares se cruzaram, Marília parou por um instante, franzindo a testa:
— O que você está fazendo aqui?
Leandro apagou o cigarro entre os dedos, olhando para ela com um olhar profundo e sombrio.
— Abre a porta.
Marília não queria deixá-lo entrar, mas também não queria que alguém descobrisse a relação entre eles. Sem escolha, pegou o cartão do quarto e abriu a porta.
Ela entrou primeiro, e Leandro a seguiu. De repente, ele agarrou sua mão. Antes que ela pudesse reagir, com o som da porta se fechando atrás deles, uma sombra a envolveu. Marília foi pressionada contra a porta, e ele se inclinou para tomar-lhe os lábios num beijo urgente e feroz.
Por alguns segundos, a mente de Marília ficou em branco, mas logo começou a resistir.
Ainda assim, ele não se moveu nem um milímetro; pelo contrário, aprofundou ainda mais o beijo.
Não era a primeira vez que os dois estavam assim tão próximos, mas ela ainda não conseguia lidar com a intensidade da entrega dele. Seu couro cabeludo formiga