O jantar terminou às oito da noite.
Foi Marília quem pagou a conta. Os dois saíram juntos do restaurante, e Atilio se adiantou:
— Eu te levo.
Marília recusou com delicadeza:
— Não precisa, eu pego um táxi. É fácil conseguir um carro por aqui.
Vendo que ela não lhe dava nenhuma chance, Atilio falou meio em tom de brincadeira, meio resignado:
— Mesmo que a gente não possa ser um casal, acho que ainda posso ser seu amigo, certo? Se a tia Madalena souber que eu te segurei por tanto tempo e ainda deixei você, uma mulher, pegar um carro sozinha à noite, ela com certeza vai reclamar com a minha mãe.
Diante disso, Marília já não podia continuar recusando. Era o suficiente que Atilio entendesse sua posição. Eles poderiam, sim, ser apenas amigos.
Ela assentiu.
— Então, obrigada pelo incômodo.
— É uma honra poder servir à Srta. Marília.
Atilio fez um gesto educado com a mão, convidando-a a acompanhá-lo.
Marília desceu com ele.
O carro de Leandro estava estacionado na vaga do portão dois. Ele sabi