Marília acordou cedo e, assim que abriu os olhos, pegou o celular para verificar se Cipriano havia mandado alguma mensagem.
Nenhuma mensagem.
"Será que está tudo bem com ele?"
Ela deixou o telefone de lado, foi ao banheiro lavar o rosto e escovar os dentes. Depois, colocou o celular na bolsa, pronta para sair e tomar café da manhã fora.
Mal abriu a porta, uma nuvem de fumaça atingiu-lhe o rosto.
Ela virou a cabeça e seus olhos encontraram diretamente os dele.
Os olhos dele estavam injetados de sangue, fixos nela, sem piscar, sem dizer uma palavra. A tensão no ar era quase palpável.
Marília fechou a porta com força. O cheiro forte de nicotina a fez franzir o nariz em sinal de nojo. Ao ver várias bitucas de cigarro espalhadas no chão, não conseguiu conter a irritação.
— Leandro, você só pode estar doente! Quer fumar? Vai pra sua casa! Ficar aqui estragando o meu ar logo de manhã? Está querendo me provocar?
Ela sempre teve aversão ao hábito de Leandro de fumar.
E agora ele ainda a fazia r