Ressentimento, ódio e raiva se entrelaçam.
Marília continua sua explosão de emoções:
— Você já deve ter ouvido falar que pessoas que não combinam ficam ainda piores quando estão juntas. Como o seu amigo disse, você e Helena são os mais compatíveis; eu não sou compatível com você. Eu finalmente consegui sair daquela lama, Leandro, e não vou mais cair nela. Homem sujo que trai, só de olhar eu fico enojada. Nem adianta você me mandar alguma coisa, porque eu não vou comer. Só de te ver, meu estômago já dá voltas o dia todo. Então, por favor, te imploro, me deixa em paz. Não se aproxime mais de mim, não apareça mais na minha frente, está bem? — A última frase saiu com um tom ainda mais pesado.
Sem esperar uma resposta, Marília se vira e sai, apertando o botão do elevador, e entra assim que as portas se abrem.
As portas do elevador se fecham rapidamente.
Leandro ficou parado, sem segui-la.
Seu rosto estava sombrio e perturbador.
A mão que segurava o recipiente térmico estava tensa, com as ve