Depois que Helena foi embora, Marília ficou triste.
Ela ainda se sentia muito mal, e isso afetou seu dia de trabalho, que foi bem ruim; não conseguiu fechar nenhum pedido.
Às 17 horas, Leandro ligou.
Marília estava saindo da loja, olhou para o telefone, mas não atendeu de imediato.
Ela se ajustou um pouco, e, quando a ligação estava prestes a ser encerrada, atendeu-o, colocando o celular no ouvido.
A voz baixa e grave do homem do outro lado chegou primeiro:
— Espera aí por dez minutos, eu já vou te buscar.
— Não precisa vir me buscar. Hoje eu marquei com meu parceiro, precisamos conversar sobre umas coisas à noite. Se vira com o jantar sozinho.
— É aquele Cipriano de novo?
A voz do outro lado parecia irritada.
Mas Marília não se deixou enganar. Não seria mais tão boba a ponto de achar que Leandro estava com ciúmes. Afinal, ele já havia dito que não gostava dela, que não gostava mesmo.
Marília apertou os dedos ao redor do celular e disse suavemente:
— Sim.
Antes que ele falasse mais alg