Marília queria acreditar que Leandro não a trairia, mas só de pensar que havia uma Serafina ao redor dele, de olho em qualquer brecha, apertou os lábios:— O que eu devo fazer, então?
Zélia levou Marília para o andar de baixo, até uma loja de lingerie, e escolheu algumas peças para ela.
Quando Marília viu o quão reduzido era o tecido das lingeries, entendeu logo que se tratava de peças sensuais e recusou instintivamente:
— Eu não quero.
— Você vai ficar linda com isso!
Zélia até levantou uma das peças e a aproximou do corpo dela para comparar.
Marília percebeu que as vendedoras ao redor estavam todas olhando, e seu rosto ficou vermelho de vergonha:
— Pode ser lindo, mas eu não quero. Não preciso disso. Vamos embora!
Ela se virou para sair, mas Zélia foi direta:
— Vou levar esta aqui, esta também e aquela ali também.
Marília viu que cada peça era mais ousada do que a outra e ficou ainda mais constrangida:
— Fica com elas para você.
— Você nunca ouviu aquele ditado? "Casal que briga na ca