Marília mal havia chegado em casa quando o celular tocou. Ela o retirou da bolsa e, ao ver o nome de Leandro na tela, o humor imediatamente azedou.
A vontade era desligar, mas ela sabia, que se não atendesse, ele apareceria pessoalmente.
E, entre ouvir a voz dele e ver aquele rosto pessoalmente, ela ainda preferia a primeira opção.
Depois de alguns segundos de toque insistente, ela suspirou, atendeu e, antes mesmo de encostar o telefone no ouvido, ouviu a voz do outro lado:
— Você se casou com ele no cartório?
A voz do homem era tensa, carregada de raiva contida.
Marília jogou a bolsa no sofá e sentou-se, visivelmente exausta:
— Leandro, eu já lhe disse tanta coisa... Por que você não escuta? Olha, por favor, pare de se meter na minha vida. Eu não lhe devo nada...
— Eu não vou deixar você se casar com ele!
Do outro lado, a respiração dele era pesada, descompassada.
Ele ameaçou:
— Não durma com ele. Separe-se dele. Se não, eu mato esse cara.
Marília sabia que discutir com ele seria inút