A Verdade que Não se Pode Esconder
Cheguei em casa mais cedo do que de costume. O silêncio do corredor foi quebrado pelo chorinho suave de um dos gêmeos. Abri a porta devagar e encontrei a cena que sempre me arrancava um nó na garganta: IVY sentada na poltrona de amamentação, com a pequena LEONA no seio esquerdo e o pequeno LEON COLLIN no direito. A enfermeira estava por perto, oferecendo a mamadeira a JEFFREY, que sugava tranquilo, de olhinhos semicerrados.Ali estava a minha esposa: frágil e ao mesmo tempo a mulher mais forte que eu já tinha conhecido.Aproximei-me em silêncio, beijei a testa dela e depois a de cada um dos nossos filhos.— Vou tomar um banho e já volto para te ajudar.Ela sorriu, cansada, mas sempre doce.— Está bem, Léo.Fui para o quarto, deixei que a água quente escorresse pelas costas e tentei lavar também o peso que me consumia. Mas não havia banho que tirasse aquilo de mim. Vesti roupas confortáveis e, qua