Clarence se inclinou para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos e fitando o filho com a seriedade de quem não tinha mais medo de dizer a verdade.
— Meu filho, se você vai nesse jantar, não esqueça de quem você quer ser, não de quem as pessoas desejam que seja. Mas vá para se testar, para sentir o peso da sua escolha. Porque se isso não fizer mais parte da sua vida, amanhã mesmo você vai encerrar esse ciclo.Adam manteve o olhar baixo, absorvendo cada palavra.— Isso é como uma droga, você sabe — continuou Clarence, a voz grave, mas calma. — Te oferecem novamente uma dose e, quando você menos percebe, já recaiu.Ele ergueu o rosto, os olhos azuis inquietos, e ela apertou a mão dele como para ancorá-lo.— Se ela te convidar para voltar ao clube… se ela tentar te puxar para aquele mundo, você já vai saber que as tentações estão vindo. E aí, filho, só depende de você. Vai ser o seu teste. Vai ser a sua prova.Adam respirou fundo