90. O CASTIGO DO INTRUSO
O Supremo fechou os olhos por um breve segundo, sentindo a fúria borbulhar em seu interior como um vulcão prestes a entrar em erupção. Ele sabia exatamente quem estava por trás do ataque; o cheiro da traição estava impregnado no ar, e ele podia reconhecê-lo de longe. Aquilo não era apenas uma ameaça velada — era um desafio descarado, uma provocação direta à sua autoridade e à paz que ele tanto lutara para manter entre as alcateias. Cada fibra de seu ser clamava por vingança, mas ele sabia que precisava conter-se. A justiça, ainda que envolta em fúria, precisava ser aplicada com equilíbrio e precisão. Seu rosto permanecia inexpressivo, como uma rocha sólida, mas seus olhos ardiam com uma determinação gélida.
Com uma voz firme e controlada, ele se dirigiu a um dos homens que lhe trouxera a notícia:
— Onde está Pedro? — A pergunta ressoou no ar, carregada de autoridade e uma preocupação que ele tentava disfarçar.
Um dos guardas, com o semblante pálido e os olhos arregalados pelo choque,