108. VERDADES NÃO DITAS
Daphine permaneceu firme no centro do salão, seus olhos cravados no Supremo como lâminas afiadas, desafiando-o a manter o controle que ele tão orgulhosamente exibia. Sua voz saiu firme, mas carregada de tensão, como uma corda prestes a se romper.
— Como você conheceu a minha mãe? — Sua pergunta ressoou pelo salão, arrancando olhares curiosos e surpresos dos alfas ao redor. Ela respirou fundo antes de continuar. — E não quero ouvir a mesma história que você contou antes. Quero a verdade.
O Supremo, Derick, manteve a postura, mas algo em sua expressão mudou. O leve estreitar de seus olhos denunciava que ele sabia exatamente o que ela estava insinuando. Ele caminhou lentamente até uma das cadeiras da mesa central e sentou-se, cruzando as mãos sobre o joelho. Observava Daphine com uma mistura de cautela e análise, como um predador que estudava os movimentos de sua presa.
— Daphine... — começou ele, sua voz tão suave que parecia quase carinhosa. — Há coisas no passado que podem não ser fác