O sol da manhã invadiu o quarto de forma preguiçosa, tingindo de dourado os lençóis desalinhados. O vento marinho balançava as cortinas de linho com suavidade, espalhando pelo ambiente o cheiro de sal, flor e calor humano.
Zayn acordou primeiro.
Os olhos ainda semicerrados se voltaram para ela. Isabela dormia sobre seu peito, a respiração mansa, os cabelos bagunçados espalhados como seda quente sobre a pele dele. Uma das pernas dela repousava por cima das suas, e a mão pequena estava encaixada sobre o coração dele — como se pertencesse ali por puro instinto.
Ele não se mexeu. Só observou.
Havia um silêncio tão pleno no quarto que Zayn não sentia necessidade de quebrá-lo. Pela primeira vez em anos, o tempo parecia irrelevante. Nenhuma agenda, reunião, contrato ou dever parecia mais urgente do que continuar ali, naquele exato instante, respirando com ela.
A luz do dia delineava os traços suaves do rosto de Isabela. A curva do nariz. Os cílios que se mexiam levemente como se ela sonhasse