A festa estava em pleno vapor quando Alicia e Roberto chegaram. Os convidados estavam radiantes, tirando fotos com seus celulares, brindando, dançando, celebrando com sorrisos largos e desejos sinceros de felicidade ao novo casal. O salão era iluminado com luzes suaves, decorado com flores brancas e folhagens, mesas redondas cobertas por toalhas de linho, tudo digno de um conto de fadas moderno.
E Alicia tentou. Tentou sorrir para as fotos, para os parentes e amigos. Tentou brindar com entusiasmo, dançar com leveza, fingir que a alegria era completa. Mas por dentro, era como se estivesse em outro lugar. Em outro tempo.
Porque em cada canto que seus olhos alcançavam, ela via João. O homem que jamais deveria estar ali, mas estava. O homem que ela jamais deveria desejar, mas desejava.
Sentia os olhos dele nela a cada passo que dava. Como se ele a tocasse com o olhar. Como se a memória daquela noite na Grécia ganhasse vida sob cada olhar cruzado no salão.
A festa continuava linda. Os conv