As últimas semanas haviam sido um tormento para Alicia. Entre as noites mal dormidas cuidando do pequeno Pietro e a distância inexplicável que ela teve de Roberto, ela se sentia como uma corda prestes a arrebentar. Três meses sem ser tocada, sem sentir desejo. Até seu terapeuta parecia preocupado com sua abstinência sexual forçada.
Naquela tarde, enquanto atendia seus últimos pacientes na clínica, algo inesperado aconteceu. Um calor súbito percorreu seu corpo, concentrando-se entre suas coxas com uma intensidade que a fez perder o fôlego. Tentou ignorar - bebeu água gelada, caminhou pelos corredores - mas o desejo só aumentava, latejante e insistente.
Quando seus assistentes saíram para almoçar, Alicia trancou a porta do consultório com mãos trêmulas. O vestido de algodão deslizou facilmente para cima quando ela o levantou, revelando que já estava molhada o suficiente para dispensar preliminares. Guardou a calcinha na bolsa com movimentos rápidos, como se estivesse cometendo um crim