EM NOME DO AMOR: QUERIDO SECRETÁRIO
EM NOME DO AMOR: QUERIDO SECRETÁRIO
Por: Izabella Mancini
PRÓLOGO

MOLLY

— Quem é a próxima candidata?

Oh sim, estava se controlando naquele momento para não atirar algo em alguém.

O dia parecia não acabar e ficava cada vez pior com a qualidade das pessoas recrutadas que se apresentavam em minha sala. Todas as mulheres pareciam incompetentes ou imorais, algo que ia totalmente à contrapartida do perfil que buscava.

— Qual é o quesito básico para se contratar uma secretária que não esteja apenas interessada em arrumar um marido rico dentro da empresa? Tamborilei a unha levemente pela superfície da mesa e encarando Alice — a moça do departamento de recursos humanos — como se a fuzilasse no mesmo momento.

— Senhorita Bern... — Sorriu de lado meio constrangida e agarrada a sua prancheta, enquanto girava o salto vermelho no chão — Nós não temos mais candidatas.

— Como assim, "não temos mais candidatas?" – Encarei-a com total decepção — Solicitei cinco candidatas para a hora do almoço e até agora vocês me trouxeram quatro malucas à procura de sexo e um casamento fácil! Poupe-me Alice! Quero alguém capacitada para ocupar o cargo! Será que é pedir demais uma funcionária que use a saia adequadamente? Uma empresa do porte da Delux deveria oferecer um departamento de recursos humanos mais É entristecedor saber que a decadência está nos atingindo de tal forma!

Girei minha cadeira de maneira a lhe dar as costas e encarei a vista do vigésimo quinto andar do prédio. Sorri de canto esperando uma reação, mas não aconteceu nada. Ela parecia completamente estática em sua posição acanhada.

— Vou buscar o último candidato, senhorita. Com licença. — A porta foi aberta e fechada brevemente.

ALEXANDER

— Prepare-se querido! Você está preste a entrar no inferno e ficar de frente com o demônio! Hoje aquela mulher está impossível!

A moça que havia se apresentado como 'Alice do departamento de recursos humanos' se aproximou após dizer tais palavras. Parecia-me apreensiva quando pegou em meu pulso e me puxou da rodinha de mulheres que me cercava no escritório amplo e bem decorado da Delux. Ouvi algumas se despedindo animadamente e tive apenas tempo de acenar.

— Desculpe-me, mas que história é essa de ficar "de frente para o demônio", moça? Ainda sou muito jovem para tal encontro! — Perguntei buscando amenizar o clima, que parecia muito tenso para a bonita mulher de cabelos curtos e ajeitados.

Uma empresa como a Delux deveria possuir chefes durões, mas a reputação da tal de Molly Bern — diretora executiva responsável pelo departamento de moda — era devastadora! Pelos cinco segundos em que fiquei na presença das garotas pude ouvir expressões como "maluca, mal amada e vaca" entre os adjetivos empregados a patroa. Em tantos anos trabalhando em Empresas famosas nunca presenciei tamanho ódio dos subordinados para com o líder.

— Estou falando dela... A impetuosa e maluca Molly Bern, vulgo demônio! — Paramos em frente a uma porta imensa de madeira com maçanetas de ouro. Parecia um cenário macabro de terror. A garota a minha frente deslizou as mãos por minha camisa social brevemente alisando uma parte dela e me olhou nos olhos com segurança — Não olhe nos olhos dela, não a toque e muito menos fale se não for questionado! Você é bom, cara. Muitas pessoas dariam tudo para estarem no seu lugar. Por favor, por todos desse departamento, vai lá e consiga esse trabalho! Se isso não acontecer... — Fez sinal de morte, como se cortassem sua cabeça — Vai! — Abriu a porta e me empurrou para dentro da sala.

Ajeitei melhor minha camisa, passei as mãos pelo cabelo e respirei fundo ao encarar um pequeno corredor. Ao final dele pude ver claramente a sala dela. O cheiro de perfume caro impregnava o ambiente juntamente ao odor de café fresco e sugeria a ideia de que apesar de durona, era mesmo uma mulher importante e ocupada. Respirei fundo e caminhei até lá sem medo, vendo sua cadeira virada para o outro lado de modo a me ignorar.

— Com licença... — Parei em frente à mesa em uma postura educada. Assim que minha voz soou, quase que instantaneamente a cadeira se virou — Bom dia, senhorita Bern, sou Alexander Alcady. Vim para a entrevista de modo a ocupar o cargo de secretário e assessor de sua pessoa — Sorri após me apresentar esperando que ela dissesse algo, mas não aconteceu.

Apenas o silêncio constrangedor entre nós reinou na sala enquanto eu esperava pelo pior.

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