Carolina
Dou passos para trás buscando fugir, preciso de um motivo para escapar da realidade, desses sentimentos, mas ele não me dá espaço, a cada passo que dou ele vêm mais furioso.
Seu olhar engole cada uma das minhas dúvidas, em um mês dessa loucura na qual estamos vivendo o mundo parece ter começado a rodar para o lado oposto em um caos completo, que tipo de pessoas nos transformamos?
“Diga que é mentira.” Falo como uma ordem.
A necessidade em impor uma distância entre nós dois e um ódio do qual não reconheço, é por culpa dele que voltei para o inferno, culpa dele que o meu passado tenha fugido da caixa de Pandora. Ele aperta os olhos enquanto dou a volta na mesa como uma presa sendo perseguida.
“Eu gostaria que fosse!” Responde com o tom de voz violento em uma admissão.
O ar a nossa volta é tóxico, enquanto tento colocar uma distância entre nós, ele avança. A declaração dele se parece com uma corda dando voltas ao redor do meu pescoço.
“Diga Carolina, o que mais te assust