A manhã nascia limpa e suave sobre a costa italiana. Um vento brando atravessava os vidros altos da sala de jantar, enquanto a luz dourada invadia o espaço lentamente. Renzo e Madison estavam sentados à mesa — um ritual silencioso e delicado que, dia após dia, se tornava hábito.
Martina, a empregada, circulava discretamente com as mãos habilidosas, servindo o café, os pães recém-assados e a tigela de frutas frescas. Havia uma quietude respeitosa naquele cômodo, como se tudo ali soubesse que qualquer ruído mais alto poderia quebrar um equilíbrio tênue.
Renzo mexia o café devagar, o olhar fixo na xícara. Vestia uma camisa preta de tecido fino, os cabelos ainda levemente úmidos, como se tivesse vindo direto do banho. Madison, à sua frente, mantinha os ombros relaxados, mas os olhos atentos. Ela já reconhecia a tensão nos pequenos gestos dele — o silêncio denso, os olhares demorados demais.
— Dormiu bem? — ele perguntou, com a voz rouca da manhã.
— Sim — respondeu, desviando o olhar para