CAPÍTULO 107
Maicon Prass Fernandes
(1 mês e meio depois)
Acordei de manhã com o sol entrando pelas frestas da cortina. Os primeiros segundos foram tranquilos, até que percebi algo estranho. Estiquei o braço na cama, e o lado dela estava vazio. Maria Eduarda não estava ali. Claro que o silêncio na casa era incomum. Olhei para o relógio. Era cedo, talvez cedo demais para que ela tivesse saído sem me avisar.
Colt estava no quarto, o que já era por si só uma anomalia. Ele normalmente ficava na sala ou no jardim, mas ali estava ele, andando de um lado para o outro, todo agitado. Suas patas batiam no chão, o rabo balançava como se ele estivesse esperando alguma coisa. Ele nunca agia assim sem motivo.
— Colt, o que foi? — murmurei, ainda sonolento.
Ele me olhou com aqueles olhos atentos e soltou um pequeno latido, como se estivesse tentando me dizer algo. Levantei da cama sentindo meu corpo responder mais forte, faz três meses que fiz a cirurgia. Estava