Ethan
Corremos pela areia como se fôssemos adolescentes fugindo do mundo. E talvez a gente estivesse mesmo. Fugindo da pressão, das mentiras, das ameaças, dos contratos invisíveis que prendem a gente sem a gente perceber.
Diana olhou pro mar e respirou fundo.
— Eu não fazia ideia do quanto eu precisava disso… — ela disse, ainda com os pés afundando na areia molhada.
— Eu também não. Só sei que, por um tempo, quero ficar onde só dá pra ouvir o barulho do mar e o som da sua risada.
Ela olhou pra mim com aquele sorrisinho torto e provocador.
— Isso foi cafona, viu?
— E funcionou?
Ela deu de ombros, mas se aproximou e me abraçou pela cintura.
— Funcionou sim, idiota.
Ficamos ali por um tempo, abraçados, com o vento soprando e o sol descendo no horizonte. Era tudo simples. Simples e perfeito.
Depois, fomos até uma pousada pequena que ficava a poucos metros da areia. Um lugar simples, mas aconchegante. Não tinha nada de luxo, mas tinha uma varanda com rede, um quarto com janela de madeira e