Diana
Eu estava sentada no jardim, no banco de madeira que ficava de frente para as roseiras. O vento balançava as folhas devagar, e por um momento eu tentei me perder ali, naquela calmaria. O cheiro da grama molhada, misturado ao perfume das flores, me dava uma sensação de conforto. Mas, ao mesmo tempo, meu peito estava pesado, como se cada respiração fosse um esforço. Eu ainda carregava o medo, a angústia, aquela incerteza que não me deixava relaxar de verdade.
Senti passos leves atrás de mim, e antes mesmo de olhar eu já sabia que era minha mãe. O jeito dela andar, sempre tranquilo, com calma… diferente do meu ritmo acelerado. Ela se aproximou e, sem dizer nada, sentou ao meu lado no banco. Ficamos alguns segundos em silêncio. Era um silêncio cheio de coisas não ditas, mas que falavam alto.
De repente, senti o braço dela passar pelos meus ombros. Ela me puxou para perto, e encostei minha cabeça no ombro dela, como fazia quando era criança. Esse simples gesto foi suficiente para me