Estou grávida mãe.
Diana
Peguei o celular com as mãos trêmulas e fiquei olhando para a tela por alguns segundos. Meu coração estava acelerado como se eu fosse cometer um crime. Não era nada disso… era só uma ligação para a minha mãe. Mas parecia tão difícil falar agora, como se as palavras fossem me trair. Respirei fundo, encostei as costas no sofá e disquei o número que eu conhecia de cor desde criança.
Quando ouvi a voz dela do outro lado, doce e firme como sempre, não consegui segurar o nó na garganta.
— Oi, mãe…
— Diana? Filha, que bom ouvir sua voz! Está tudo bem?
Sorri sozinha. Como é que mãe sempre sabe quando não está tudo cem por cento?
— Tá… mais ou menos. Quer dizer, tá tudo bem comigo e com… com o bebê.
O silêncio do outro lado durou só um segundo, mas pareceu uma eternidade antes que ela soltasse um grito tão alto que eu afastei o celular da orelha.
— O QUÊ? Meu Deus, Diana! Você está grávida?!
E foi ali, com ela gritando do outro lado da linha, que eu percebi que sim. Eu estava mesmo. E po