Diana
Eu estava grávida.
E Ethan ainda não sabia.
O mundo inteiro parecia se mover devagar, como se o universo estivesse me dando tempo pra processar essa informação antes de soltar a bomba nele. Eu, sozinha no sofá, com a xícara de chá já fria nas mãos e o coração martelando como um tambor.
Ouvi a porta sendo destrancada. O som familiar das chaves dele girando na maçaneta.
Meu corpo travou.
Ele entrou sorrindo, terno amassado, rosto cansado, mas ainda lindo como sempre.
— Oi, meu amor — disse, se abaixando pra me beijar.
E eu congelei.
Não consegui sorrir, nem retribuir como de costume. Só encarei ele, com os olhos arregalados.
— Diana? — ele franziu o cenho, jogando a pasta no sofá ao lado. — Aconteceu alguma coisa?
Respirei fundo. Era agora ou nunca.
— Ethan, eu... preciso te contar uma coisa. — coloquei a xícara na mesa, tentando manter a voz firme. — Eu fui ao médico hoje.
Ele arregalou os olhos.
— Tá tudo bem? Você tá sentindo alguma coisa?
Assenti devagar. — Não é doença. Mas é