— Acabou, amor. A gente tá indo pra casa.
Diana
A fumaça da explosão ainda parecia grudada na minha pele, mesmo depois de horas. A cada vez que eu piscava, via o clarão de novo. O barulho da lancha se partindo ecoava na minha cabeça como um pesadelo que não acabava.
O corpo tremia, e o coração parecia querer sair do peito. Eu estava sentada na cama do hotel, olhando pro nada, quando Ethan entrou no quarto. Ele tinha acabado de falar com a gerência e com a polícia local.
— Eles confirmaram — ele disse, tirando os óculos escuros e passando a mão no cabelo. — A lancha explodiu por causa de um vazamento de combustível… pelo menos é o que disseram oficialmente.
Eu olhei pra ele, tentando entender.
— E você acredita nisso?
Ele ficou em silêncio por um instante. O olhar dele, aquele olhar que sempre me deixava segura, agora estava pesado.
— Não.
Senti o ar sumir dos meus pulmões.
— Ethan, o que tá acontecendo? — perguntei, a voz falhando. — Foi coincidência? A gente podia estar lá…
Ele veio até mim e ajoelhou na minha frente.
— Coin