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POV CATARINA

— Seu sorvete tá bom? — perguntou José Eduardo.

— Uhum, tá. — respondi.

— Aqui era minha sorveteria favorita quando criança. Costumava vir com meu pai.

O olhar de José era calmo. Parecia confortável. Sem contar seu rosto lindo, de homem formado. Como podia aquele cara tão gato estar ali, aparentemente caidinho por mim?

— Aqui parece um ótimo lugar mesmo. Mas…

Eu ia perguntar algo que talvez fosse muito intimo.

— “Mas” o quê? Ia dizer algo?

Sacudi a cabeça afastando a pergunta. Seria deselegante, talvez.

— Nada demais, José. Relaxa.

— Fala, oras. Ia perguntar o quê?

— Ia… Mas deixa pra lá — falei, dando outra colherada no meu sorvete — Outra hora eu pergunto.

— Eu não me importo. Pode perguntar o que quiser. Fica à vontade…

Eu hesitei, olhando pra ele. É que milhares de coisas se passavam pela minha cabeça. Inclusive o que tio Nestor acharia da minha relação com meu primo.

— Catarina, pergunta, poxa. Eu não quero que fique de segredos comigo.

—.Curioso…
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