༺ Domenico Beltron ༻
Alguns minutos haviam se passado desde que Amara adormeceu. O quarto estava mergulhado em um silêncio pesado, quebrado apenas pelo som leve da respiração dela.
Permaneci imóvel na poltrona próxima à cama, atento a cada movimento, como se vigiar o sono dela fosse minha única tarefa.
Pietro, sempre cuidadoso, a embrulhou com um cobertor macio. Luca, com delicadeza incomum, ajeitou o travesseiro sob a cabeça dela, quase como quem tem medo de acordá-la.
O clima era sereno até a batida discreta na porta interromper a cena. A voz de Enzo ecoou do corredor.
— O que aconteceu?
Levantei-me e abri a porta. Ele me encarou, impaciente.
— Ela dormiu — respondi, direto.
Enzo entrou sem pedir licença, os olhos avaliando cada detalhe como médico que era. Aproximou-se da cama, inclinando-se sobre Amara.
— Preciso examiná-la. Não quero arriscar nada.
Cruzei os braços e o encarei firme.
— Do jeito que ela está com nojo de você, acho difícil. Se fosse você, tomaria um banho e escovar