༺ Domenico Beltron ༻
Observei Amara e minha avó se encarando, e não posso deixar de sorrir por dentro. Conheço o temperamento forte da minha pequena petulante e sabia que ela não deixaria minha avó falar como quisesse com ela.
Confesso que até gosto disso. Talvez, só talvez, minha avó perceba que não controla tudo como pensa. O olhar dela recai sobre Amara, medindo cada gesto e postura.
— Você é audaciosa, petulante e, claro, bem ignorante quando quer ser. Sabe que não deve me tratar assim. Sou a matriarca desta família — ela fala, firme, quase cortando o ar.
Amara balança a cabeça, decidida:
— Tratarei a senhora conforme a senhora me tratar. Se for arrogante ou tentar me humilhar, responderei à altura. Me desculpe se não gostar do meu tom, mas sou assim.
Vejo minha avó levando a mão ao queixo, analisando. Não é comum vê-la estudando assim as mulheres com quem nos envolvemos. O olhar dela é crítico, avaliando mais do que só a postura, é quase que decifrando caráter.
E, de repente, ela