༺ Luca Beltron ༻
O ponteiro do relógio de parede corta o silêncio como uma lâmina. Oito horas da manhã. Nem um segundo de sono. Reviramos cada rua, beco e maldita esquina dessa cidade e… nada.
Era como se Amara tivesse evaporado. Essa ausência sufoca mais do que o próprio ar. Não há qualquer pista, nenhuma ligação, nenhum sinal; apenas esse tormento de esperar.
Volto para a mesa de bebidas. O copo ainda guarda um resto de uísque, e despejo mais. O líquido âmbar gira no vidro, e eu giro junto com ele por dentro.
— Você precisa parar com isso, Luca — Enzo me encara, sobrancelhas arqueadas, voz grave. — Não precisamos de você tropeçando pelas paredes. Nem pense em ficar bêbado; já estamos enfrentando problemas demais.
Bebo um gole antes de responder.
— Cala a boca. Isso me ajuda a manter a cabeça funcionando.
— Não tem que optar pela bebida e acabar como um viciado, caralho — Domenico corta, a postura rígida, como se já calculasse minhas próximas palavras.
Rosno.
— Porra, estou nervoso,