Olivia
Levantando-me, guardei o violão na case e desci do palco, recebendo algumas parabenizações e cumprimentos. Caminhei até o bar e pedi ao barman uma garrafa d’água.
Senti uma aproximação à direita e logo um assobio um tanto estridente ecoou vindo de encontro ao meu ouvido. Olhei para o lado, e lá estava um homem alto, vestindo trajes country e um grande chapéu que fazia um pouco de sombra na sua face. Ele era velho, talvez tivesse uns sessenta ou mais anos.
— Garota, você tem uma voz incrível!
— Obrigada.
— Essa canção quase me fez chorar.
Um risinho foi inevitável. Eu havia chorado muito enquanto a escrevia. E imaginar um homem como ele chorando, foi engraçado.
— Sou Hugo. — Estendeu-me a sua mão, que apertei rapidamente.
— Olivia Daves.
— O pessoal aqui gosta de você.
— Estou aqui há três meses. Eles só estão acostumados comigo, isso sim.
— Não subestime o seu talento. Você canta sozinha?
— Não. Tenho uma banda que me acompanha.
— E onde eles estão, adoraria ver vocês se apre