Era sábado, fim de tarde. A cidade começava a mudar de ritmo, e o céu, em tons de dourado e azul profundo, anunciava que a noite traria uma brisa fresca.
Marcus estacionou diante de um pequeno bistrô escondido no meio da zona boêmia da cidade. O lugar parecia um segredo bem guardado — fachada de tijolinhos vermelhos, floreiras penduradas nas janelas, uma lousa à porta com letras tortas escritas em giz:
“Jazz ao vivo, vinhos naturais e zero drama.”
Ele sorriu sozinho ao ler.
Giovana o havia convidado por mensagem, com a frase:
“Hoje quero te ver rindo. Não me decepcione, Castelão.”
Ela estava sentada em uma mesinha externa, sob a sombra de uma jabuticabeira. Usava um macacão vinho de tecido leve, cabelos presos em um coque desleixado, e tênis branco. Nada muito produzido — e ainda assim, impossível de não notar. Quando o viu, ergueu uma taça de vinho laranja como se brindasse ao acaso.
— Chegou o príncipe do queijo — brincou. — Já posso pedir o prato mais caro do cardápio?
— Se você