A manhã nasceu preguiçosa, envolta em névoa suave sobre os campos da fazenda Castelão. O sol ainda mal havia rompido o céu quando Eveline ouviu batidas gentis na porta do quarto.
— Pode entrar — disse, puxando o robe sobre a camisola fina.
Maria, a governanta, entrou com sua calma habitual, equilibrando uma bandeja de prata com uma xícara de chá quente e um pequeno bilhete nas mãos.
— Trouxe seu chá, minha flor... e um recado do patrão.
Eveline arqueou uma sobrancelha, aceitando a xícara.
— O que foi agora?
— Ele pediu que você se arrume com carinho — disse Maria com um leve sorriso. — Os pais dele estão chegando hoje. Vão vir aqui na casa para conhecer você e parabenizar pela gravidez.
Eveline congelou por um instante.
— Hoje?
Maria assentiu.
— Até então, eles respeitaram o pedido do Marcus. Ele quis um tempo. Queria ver se esse casamento arranjado, como foi, realmente daria certo antes de envolver mais gente. Mas com a notícia do bebê... bom, agora não se aguentaram.
Eveline respiro