— Sr. Murilo, você falando assim vai acabar me assustando. E se eu fugir? Aí você ficaria sem acompanhante hoje. — Disse Alana com um leve sorriso, mas seu tom carregava uma pitada de frieza.
Ela já havia sentido o coração acelerar por causa de Murilo várias vezes, mas sabia muito bem a diferença entre os dois mundos em que viviam.
O carro parou na entrada do hotel. Alana, segurando o braço de Murilo, entrou com ele no salão de festas. Seus saltos altos ressoavam suavemente contra o piso de mármore, e o som ecoava de forma quase musical. Ao redor, ela podia ver mesas repletas de vinhos e doces, garçons indo e vindo, além das pessoas agrupadas em conversas animadas.
O salão era deslumbrante. Em cada lado, longas mesas estavam abarrotadas de iguarias delicadas. Havia doces sofisticados e uma variedade de bebidas. Em uma das extremidades, uma pirâmide de taças de champanhe reluzia sob o brilho dos lustres.
Mulheres em vestidos luxuosos de alta costura formavam pequenos grupos, con