Murilo não entendia por que Alana tinha mencionado aquilo, mas mesmo assim ele assentiu com a cabeça. Ele também passava por situações assim de vez em quando.
— Acabei de vivenciar isso. — Disse Alana, com uma leve dúvida no olhar. — Caminhando ao seu lado, olhando as estrelas na praia, o vento do mar batendo no meu rosto… Senti que isso já tinha acontecido antes, e mais de uma vez.
A sensação de déjà vu parecia insuficiente para descrever o que Alana sentia naquele momento. Não era apenas uma memória visual; era como se uma lembrança ilusória englobasse também suas emoções. Ela podia até sentir na memória o calor daquela mão que segurava a dela, acompanhada de um sutil aroma de cedro flutuando ao redor.
Uma emoção indescritível circulava por seu peito. Era como se um faminto tivesse encontrado um pedaço de pão: uma fome saciada e ao mesmo tempo uma sensação de vazio preenchido.
Alana cobriu a boca com a mão e riu:
— Talvez seja porque a pessoa ao meu lado é você. É a primeira vez que