O rosto de Telma mudou completamente. Ela se apressou em segurar Diego para levantá-lo.— Diego, o que você está fazendo?Seu marido, na frente dela, batendo na porta de outra mulher. Que humilhação maior poderia existir? — Não vou embora. — Diego, completamente embriagado e com o rosto vermelho, se recusava a sair dali.— Esta é a casa da Srta. Alana. Você precisa se recompor. — Disse Telma, com um tom mais sério. No entanto, ela era apenas uma mulher, e Diego, com sua altura e peso, estava agarrado à porta de Alana, recusando-se a sair. Após alguns minutos, Telma perdeu as forças, e Diego caiu no chão com um baque pesado. Mesmo assim, ele não acordou. Continuava murmurando sem parar: — Alana, abre a porta! Abre a porta! — Diego! Olha para mim e veja quem eu sou! — Gritou Telma, aumentando o tom de voz, enquanto o encarava friamente. Era evidente que não havia como discutir com um bêbado. Diego ignorava completamente sua presença, continuando a bater na porta e a chamar por
As palavras de Alana tinham surtido efeito. O perturbador som das batidas na porta finalmente cessou, seguido pelo barulho do elevador. Diego, enfim, tinha ido embora.Telma levou Diego de volta para casa e o jogou na cama. Porém, ela não conseguiu conter a raiva que sentia. Hoje, ela havia passado por uma grande humilhação na frente de Alana!Certamente Alana devia estar se sentindo vitoriosa agora. Mas Telma não iria se render. Diego era dela, e ela não permitiria que Alana o tirasse dela.Alguns dias depois, Alana enviou a tese que havia escrito para a revista de psicologia. Provavelmente levaria uns sete ou oito dias até que recebesse uma resposta.Ela estava sentada à mesa, rabiscando em um bloco de notas, quando um anúncio apareceu na tela do computador. Era mais um pop-up de notícias, e ela estava prestes a fechá-lo com o mouse.De repente, viu o rosto de Murilo na tela. Ele estava sendo entrevistado. Naquele momento, sua expressão era serena, confiante e cheia de elegância. A p
Na saída da escola, Murilo foi buscar Ayla, e Alana acabou voltando para casa com eles.Desde a festa de aniversário, a relação entre Murilo e Alana tinha ficado mais próxima. Embora nenhum dos dois tivesse definido claramente o que eram, parecia que, no fundo, ambos já sabiam.Além disso, Ayla, sempre animada e intrometida, adorava tentar aproximá-los ainda mais.— Alana, ultimamente o meu irmão só fala de você quando me liga. Eu perguntei por que ele não liga diretamente para você, mas ele não me respondeu. Eu acho que ele está com vergonha! — Disse Ayla, rindo.— Não diga bobagens. — Murilo fingiu estar bravo.— Não é bobagem! — Ayla se inclinou do banco de trás, aproximando-se do ouvido de Murilo. — Irmão, você quer saber um segredo sobre a Alana?Alana arregalou os olhos, confusa, olhando para Ayla. Que segredo ela poderia ter?— Conte. — Murilo respondeu, em um tom descontraído.Ayla arqueou as sobrancelhas, com um sorriso cheio de malícia.— Hoje, quando eu fui ver a Alana, desc
— Assine.A voz fria e grave soou acima de sua cabeça, enquanto uma folha de papel era colocada diante dela. Era um contrato de divórcio. Alana Alves ficou levemente atônita, levantando os olhos para encarar Diego Arruda. Um sorriso amargo surgiu em seus lábios.Então era isso... Não era à toa que, mais cedo, ele havia feito algo completamente inusitado: ligou para ela pela manhã, dizendo que voltaria para casa à noite porque precisava conversar.Ela passou o dia inteiro ansiosa, cheia de expectativas. Pensou que, talvez, depois de três anos de casamento, ele finalmente estivesse disposto a abrir seu coração para ela. Mas, no fim, o que ele tinha a dizer era isso. O ponto final em um casamento que, para ela, já durava uma eternidade, mas, para ele, nunca havia começado de verdade.Alana pegou os papéis sem dizer nada. Seus dedos apertaram levemente as folhas, enquanto ela permanecia em silêncio. Depois de um momento, sua voz saiu rouca:— Tem mesmo que ser assim?Diego franziu as sobra
Alana ouviu a conversa do lado de fora do escritório e abaixou os olhos. Durante todos esses anos como parte da família Arruda, ela sempre se esforçou ao máximo para cuidar de Luana, sua sogra, e de Isadora, a irmã caçula de Diego.Quando Isadora sofreu aquele acidente de carro e precisou passar por uma cirurgia delicada, foi Alana quem ficou noites inteiras no hospital, cuidando dela. Para Luana, ela sempre teve paciência e respeito, tratando-a com o máximo de atenção. Mas, no fim das contas, tudo isso não fez a menor diferença. Não importava o quanto se dedicasse, o desprezo dos Arruda por ela nunca mudou.Pouco depois, o celular tocou. Era Luiza Duarte, a voz dela soava um pouco cansada:— Alana, você realmente não vai? Eu me lembro que você adorava caçar ao ar livre. Sem falar que é sempre uma boa desculpa para dirigir como louca.Alana ficou um instante em silêncio, surpresa. Algumas lembranças vieram à tona, como se alguém tivesse puxado uma corda esquecida em sua mente.Antes de
Sob o olhar atônito de Isadora, Alana segurou a mala com firmeza e saiu sem olhar para trás.Assim que deixou os Arruda, avistou Luiza abaixando o vidro do carro. Ela inclinou a cabeça para fora e, com um sorriso radiante, mandou-lhe um beijo no ar:— Amor, entra logo no carro! Hoje você vai comemorar comigo.Embora tivesse falado em comemoração, Luiza sabia bem que o coração de Alana ainda estava pesado por causa do divórcio. Por isso, resolveu levá-la a um restaurante com temática musical, onde pudessem conversar e descontrair. Ao descobrir o motivo da separação, Luiza não conseguiu conter a indignação:— Foi por causa da Telma de novo? Mas que coisa absurda! O que o Diego viu nela, afinal?Alana mexia lentamente o café com a colher, a voz saindo preguiçosa:— Não sei…Alana nunca chegou a conhecer Telma, a mulher que parecia ser a eterna "primeira-amor" no coração de Diego. Quando Telma foi para o exterior, Alana ainda não fazia parte da vida dele. Tudo o que sabia vinha de rumores:
Alana parou os passos. Sua expressão permanecia tranquila, mas ela não estendeu a mão para retribuir o cumprimento. O rosto de Telma ficou levemente rígido.Ao lado, Diego abriu a boca para quebrar o silêncio, com a voz baixa e grave:— O vovô ficou sabendo da gente. Ele pediu para você ir jantar hoje à noite. Seu celular estava desligado, então vim te buscar.— Entendi. — Alana olhou para o celular e confirmou que estava desligado. Assentiu com a cabeça. — Vou carregar a bateria. Daqui a pouco eu vou.O subtexto era claro: ela não planejava ir junto com eles.Diego franziu as sobrancelhas:— Que tal eu esperar você aqui em baixo?Alana interrompeu-o com um sorriso leve:— Não precisa. Eu vou sozinha.Diante do silêncio dele, Alana desviou o olhar para Telma e lançou calmamente:— E amanhã, às nove da manhã, se você estiver livre, podemos ir buscar o certificado de divórcio.Por algum motivo, Diego sentiu uma inquietação crescer em seu peito:— Está com tanta pressa assim?Alana assen
Diego estava perdido em seus pensamentos quando sentiu um toque suave e quente em sua mão. Virou a cabeça e viu Telma olhando para ele com preocupação:— Diego, está com dor no estômago? Quer que eu pegue um pouco de sopa para você?Ele balançou a cabeça, recusando.Enquanto isso, Alana terminava de cumprimentar Dario. Sem demonstrar emoção, puxou a cadeira e se sentou à mesa, completamente alheia à interação entre Diego e Telma. Dario, por outro lado, deixou escapar um resmungo de desprezo.Os jantares na família Arruda sempre seguiam a etiqueta rígida de silêncio à mesa. Alana, sem muito apetite, apenas acompanhou Dario e comeu um pouco para não parecer desrespeitosa.Quando a refeição terminou, Dario segurou a mão dela e disse:— Eu já soube de tudo entre você e o Diego, Alana. Não se preocupe, para a família Arruda, você é e sempre será a única nora legítima.Dario lançou um olhar cortante para Diego e Telma, cujas expressões ficaram tensas. Aproveitando o momento, disparou com sar