[Professora Alana, depois daquela nossa conversa, eu me senti muito melhor. Volta logo, preciso te contar mais coisas.][Professora Alana, obrigada por ter mostrado meu artigo para minha ídola. Ela até respondeu meu e-mail!][Professora Alana, todos estão preocupados com você! Volte logo!]Inúmeras mensagens calorosas e cheias de carinho encheram os olhos de Alana de lágrimas. Com os olhos úmidos, ela abriu a porta da sala de atendimento.Tudo continuava como antes. Ela percebeu que o cofre quebrado havia sido recolocado no lugar, mas agora estava consertado.Alana sentou-se em seu lugar, ligou o computador e começou a trabalhar. Os posts maldosos e alarmistas do fórum já tinham sido todos apagados, como se alguém tivesse limpado tudo de propósito. O ambiente virtual voltara a ser dominado por debates acadêmicos, como sempre fora.No departamento de polícia de Huambo.Luana e Telma esperavam diante da sala de detenção. Alguns minutos depois, a porta se abriu e Isadora saiu, escoltada p
Tudo o que aquelas pessoas diziam era mentira! Ela só tinha sido vítima de uma armação da Alana! Mas, sempre que Isadora fechava os olhos, os insultos ecoavam em sua mente, as vozes furiosas martelavam em seus ouvidos.Isadora tapou os ouvidos com força, desesperada:— Eu nunca vou te perdoar, Alana!No dia seguinte, Isadora voltou para a escola. Assim que entrou, percebeu que todos os estudantes olhavam para ela com desprezo.Quando Isadora entrou na sala, os colegas, que conversavam animadamente, se dispersaram rapidamente. Ela foi até Isis e reclamou:— Essas pessoas não sabem distinguir o certo do errado. Eu fui injustiçada!Para sua surpresa, Isis não a apoiou, respondendo com frieza:— Todo mundo viu o que aconteceu naquele dia, saiu até vídeo nas notícias. Você ainda quer dizer que foi injustiçada?Isadora lançou um olhar furioso para Isis:— Então agora você também vai defender a Alana? Não esqueça de quem você é! Sempre te tratei bem, e agora você não me ajuda!— Isadora, agor
Na casa da família Arruda.Isadora não conseguia se acalmar, lembrando do que havia acontecido na escola. Ela foi até o escritório decidida a contar tudo para Diego.Quando chegou à porta, porém, ouviu Diego falando ao telefone. Assim que escutou o nome de Alana, imediatamente encostou o ouvido para ouvir melhor.— Você tem tempo neste fim de semana? O vovô não anda comendo direito nos últimos dias, ele está com saudade de você. Será que você poderia vir passar um tempo com ele?— Claro.— Alana, eu posso te buscar?Alana?O rosto de Isadora se encheu de indignação. Ela não podia acreditar que Diego estava mesmo ligando para Alana!Aquela mulher desprezível! Por que, mesmo agora, o irmão ainda mantinha contato com ela? Não era Alana quem ele mais detestava?Além disso, Diego falava num tom tão gentil ao telefone, algo que Isadora nunca havia visto ele usar com ninguém.Ao se lembrar de Telma preparando uma bandeja de frutas na cozinha, Isadora teve uma ideia e imediatamente desceu corr
— Quem disse isso? Não é culpa desse moleque que me tira do sério todo dia e me faz até perder o apetite! — Dario lançou um olhar furioso para Diego. — Vô, precisa mesmo falar assim de mim? — Perguntou Diego, com um sorriso amargo. Nesse momento, a porta foi aberta novamente, e quem entrou dessa vez foi Isadora. Ela caminhou direto até Dario. — Vô, vim te ver. Dario lançou um olhar frio para ela, sem esconder seu desagrado: — Você ainda tem coragem de aparecer aqui? Depois de tudo o que fez com a Alana, ainda tem a cara de pau de me encarar? Isadora fingiu uma expressão de arrependimento e respondeu com uma voz aparentemente frágil: — Vô, eu sei que errei. Alana, que estava ao lado, olhou para Isadora com frieza e depois lançou um olhar de indiferença para Diego. Se soubesse que todos estariam ali, ela jamais teria vindo para se meter em uma situação tão desconfortável. — Alana sempre foi boa para você, e você ainda escolhe trair a confiança dela? Peça desculpas agora
Era uma mensagem multimídia anônima enviada para o celular de Murilo. Ele não tinha ideia de quem poderia ter enviado aquela foto, nem quais eram as intenções por trás disso.No entanto, a imagem o deixou profundamente desconcertado. Murilo nunca havia se sentido tão confuso e perdido por causa de algo. Embora mantivesse sua expressão calma e controlada, por dentro, sua mente era um verdadeiro caos.Murilo decidiu ligar para o número de Alana. Após dois toques, a ligação foi atendida, mas a voz do outro lado não era a dela. Era uma voz feminina que falava com um tom de diversão:— Alô? Alana não pode atender agora. Ela está... abraçada com o irmão. Ah, desculpe, acho que falei demais. Ligue mais tarde, tá?Antes que Murilo pudesse reagir, a ligação foi encerrada.Do outro lado, Isadora sorriu de maneira maliciosa. Ela rapidamente apagou o registro da chamada e colocou o celular de volta no lugar, como se nada tivesse acontecido. Cada passo de seu plano era calculado e executado silenci
Alana, no final, acabou cedendo e, pegando sua bolsa, saiu pelo portão da escola junto com Ayla. Quando viu Murilo, apenas fez um leve aceno de cabeça.Apesar de terem ficado apenas alguns dias sem se ver, parecia que meses haviam se passado. A estranheza entre os dois era palpável. Desta vez, Alana se sentou no banco de trás ao lado de Ayla. — Alana, hoje vou levar Ayla até a casa da família. Posso te deixar em casa antes? — Perguntou Murilo, com a voz carregada de uma frieza incomum.— Não! Irmão, primeiro você me leva, depois deixa Alana em casa. — Ayla respondeu prontamente, antes mesmo que Alana pudesse dizer algo.Murilo não discutiu e seguiu as instruções da irmã. Ele levou Ayla até a casa da família Arruda primeiro.Durante o trajeto, o silêncio entre Murilo e Alana foi sufocante. Nenhum dos dois conseguia encontrar palavras para quebrar o gelo. Se alguém tivesse dito, há poucos dias, que a situação entre eles ficaria assim, nenhum deles acreditaria. Murilo abriu a boca alg
Ao ouvir isso, Murilo claramente soltou um suspiro de alívio e guardou o celular no bolso. — Talvez ela ache que temos algum tipo de relação e queira usar isso para nos afastar. — Ela realmente não tem o que fazer, não é? Não pode me ver perto de ninguém. Sempre que me aproximo de alguém, ela pensa que há segundas intenções. Não se preocupe, é só um mal-entendido dela. — Disse Alana, com os olhos baixos, enquanto suas longas pestanas tremulavam suavemente. Alana continuou andando, mas Murilo, de repente, se aproximou e perguntou:— Será que foi só um mal-entendido mesmo?O hálito quente de Murilo roçou na testa de Alana, fazendo seu rosto corar instantaneamente.— É claro que foi um mal-entendido! — Disse ela com firmeza, sem se atrever a olhar para ele.Em vez disso, Alana acelerou o passo, tentando fugir daquela proximidade desconcertante.Murilo observou as costas dela, e sua pressa em escapar o fez sorrir. Aquele comportamento nervoso de Alana o deixou ainda mais tranquilo. E
Telma estava ao lado, ouvindo enquanto mãe e filha trocavam insultos a Alana. Foi então que Diego chegou em casa, recém-saído do trabalho.— Irmão, por que a família Coelho não nos enviou um convite desta vez? — Perguntou Isadora, com um tom insatisfeito.A expressão de Diego imediatamente se fechou.— Você ainda tem coragem de perguntar? Depois do que você fez com a Ayla, ainda quer um convite? Isadora, contrariada, respondeu:— Mas nós somos a família Arruda, uma das mais importantes de Huambo. — Chega! — Diego interrompeu, sua voz fria como gelo. — Diante da família Coelho, nós não somos nada. Depois do que você fez com a irmã dele, só o fato de ele não ter se vingado já é um alívio. E, mesmo assim, já tem várias empresas querendo romper contratos conosco. Eu mal consegui consertar o estrago que você causou. Então, por favor, não me arrume mais problemas! Isadora ficou pálida. Ela não fazia ideia de que as consequências de seu comportamento tinham sido tão graves. Na Univers