— Eu não quero ir ao hospital, só preciso tomar um analgésico. — Alana murmurou.
Murilo apertou o volante com mais força, sua voz carregava um tom grave:
— Sempre dói assim?
— Normalmente não. Hoje foi porque eu tomei uma cerveja gelada.
— Não se lembra o seu próprio período menstrual? — Perguntou Murilo, com um tom contido.
Alana hesitou por um instante antes de responder:
— Lembro. Só que, por estar animada, acabei esquecendo.
O carro parou na entrada do hospital. Era madrugada, e o movimento era calmo. Não havia filas, apenas os médicos de plantão. Felizmente, o médico de plantão era da ginecologia, e ele receitou um analgésico para aliviar a dor.
— Lembre-se, você deve tomar o remédio uma vez por dia. Não se esqueça. — Disse o médico.
Alana assentiu:
— Está bem, obrigada.
Na verdade, ela queria dizer que não precisava de todo esse alarde. Normalmente, ela não sentia tanta dor, mas foi a cerveja que complicou tudo.
De volta ao carro, Murilo estava ainda mais sério. Quando chegaram a