Ao ouvir Sra. Costa gritar daquele jeito, Enzo não ousou perder tempo. Ele delegou a reunião para seu assistente e saiu da empresa às pressas.
No menor tempo possível, chegou à casa da família. Assim que passou pelo portão do casarão, avistou Sra. Costa no pátio, apoiada em sua bengala. Seus olhos estavam arregalados e seu semblante transbordava fúria.
Ela sempre foi vaidosa e teimosa, odiando aparentar fragilidade. Usar bengala era algo que evitava a todo custo, mas, naquele dia, parecia não se importar. A bengala, adornada com rubis, era um presente de Enzo de três anos atrás.
Percebendo que algo estava fora do normal, Enzo esboçou um sorriso forçado enquanto se aproxima:
— Mãe, o que aconteceu? Por que tanto nervosismo de repente?
Sra. Costa estava prestes a explodir, mas seus olhos captaram um detalhe que a deixou ainda mais irritada: Enzo segurava uma garrafa de vidro comprida em uma das mãos. Ela ergueu o queixo, ainda mais indignada:
— Você aparece aqui com um vidro ridí