Elisa estava com o pulso ensanguentado, o sangue escorrendo sem parar. Sendo a caçula da família, sempre fora mimada por todos. Cresceu cercada de mimos, nunca tinha passado por uma situação dessas. E se realmente tivesse contraído AIDS? Seria o fim dela. Nem namorado ela tinha tido ainda, morrer assim seria uma injustiça terrível.
Elisa estava desolada, quase sem esperança. Tentando ignorar a dor, pediu:
— Carlos, por favor, não conte nada disso para a Camila. Prometi a ela que não faria nenhuma loucura, e se ela souber, vai se culpar. Ela já está machucada, acabou de perder o bebê, não quero que ela se preocupe mais por minha causa.
Carlos assentiu, sério:
— Pode deixar, eu não vou contar.
— E também não fale para o meu irmão, nem para a minha mãe. Nem para os meus avós. Eles não aguentariam um susto desses.
— Fique tranquila, eu não vou falar. Mas seu pai estava lá na hora, pode ser que ele acabe contando.
Elisa revirou os olhos:
— Ele não tem coragem de abrir a boca. Se a minha avó