O segurança levou mais um tapa pesado. Ele cambaleou alguns passos para trás, quase caindo. O lado do rosto imediatamente inchou, deixando marcas claras de cinco dedos, agora simétricas com o outro lado.
O olhar de Lucas estava sombrio, e ele gritou com raiva:
— Eu mandei vocês protegerem a Camila, e é assim que vocês protegem? Algo acontece, e vocês não me avisam na hora! Ainda têm a ousadia de mentir pra mim! Bando de inúteis!
Já fazia muito tempo que ele não perdia a calma dessa maneira. Seu rosto bonito estava tão carregado que parecia mais sombrio. A pressão ao seu redor era sufocante.
O silêncio tomou conta da sala. Ninguém ousava respirar mais fundo.
O segurança, finalmente recuperado do choque, começou a bater em si mesmo, alternando os tapas entre as bochechas, sem se importar com a dor. O som dos tapas ecoava pelo ambiente.
— Sr. Lucas, eu errei. — Disse ele, entre os tapas. — Não deveria ter descido pra comprar cigarro. Foram só alguns minutos, e a senhora quase foi atacada.